quarta-feira, 10 de março de 2010

La ronda #22: Espantos Tempranos ("Sustos Prematuros")



O Pão e Cerveja foi convidado pelo Pviní Filosof para participar da “La ronda #22: Espantos Tempranos”, traduzindo, “A rodada #22: Sustos Prematuros”. 

A “La Ronda” é uma questão proposta a diversos blogueiros, a maioria de língua espanhola, sempre sobre um tema cervejeiro. Gracias por la invitación, Pviní Filosof.

A questão da Ronda #22 é a seguinte:

“Cuál fue la cerveza, o tipo de cerveza, que al probarla por primera vez no les gustó para nada? Cuál fue su reacción en aquella oportunidad? Y cuánto tiempo tardaron en volver animarse a probarla y en qué circunstancias?”


A cerveja que comprei e me decepcionei foi a Wernesgrüner Pils Legend, uma legítima German Pilsener (BJCP, 2A), a minha primeira German Pilsener.
Acostumado com as “Pilsen brasileiras”, que na verdade são Lite American Lager (BJCP,1A) ou Standart American Lager (BJCP,2A), a German Pilsener assustou: era muito malte, mas também muito, muito lúpulo...



Imagem: Dos autores do Pão e Cerveja

Naquela ocasião, o amargor do lúpulo era quase insuportável, horrível... Disse a mim mesmo que nunca mais compraria...

Comparei-a na época, a sensação que eu tinha com quando bebi a Heineken pela primeira vez, uma Premium American Lager (BJCP, 1C): gosto de chá de boldo!!

Creio que a descoberta não prazerosa da Wernesgrüner ocorreu lá por 2003, 2004...

Depois disso, muitas cervejas passaram... Outras German Pilsener (König Pilsener, Bitburger...), outros estilos mais amargos, outras Wernesgrüner... (acabei comprando de novo!!)... E, sinceramente, não sei como e nem quando, descobri que meu gosto havia mudado... Não sei dizer quanto tempo levei para voltar a bebê-la... Aconteceu... Mas, com certeza, alguns anos se passaram...

A sensação ocorreu com outras cervejas também... no início decepcionantes, depois excelentes. O contrário também é verdadeiro, no início excelentes, depois não tão excelentes assim...

Observamos que uma cerveja intragável passa a ser deliciosa com o passar do tempo, ou ao contrário, de deliciosa a uma cerveja sem muito brilho!

Creio que a experiência, a persistência, o tempo e a mente livre de preconceitos sejam as chaves para a mudança de paladar. Logo, creio que é possível sim, mudar nossos conceitos. Com certeza, reconstruímos dia-a-dia, as nossas preferências em relação à cerveja.  Será que é só com a cerveja?
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