sexta-feira, 30 de julho de 2010

La Ronda Nº 26: Uma receita Audaz


O Pão e Cerveja foi convidado pelo Jorge Mario, um colombiano aficcionado por cervejas, do blog La Cerveza de Neo Manza para participar da “La Ronda #26: Una receta Audaz”, cuja tradução é o título desta postagem.

A “La Ronda”, em português "A Rodada", é uma questionamento proposto a diversos blogueiros, a maioria de língua espanhola, sempre sobre um tema cervejeiro. Gracias por la invitación, Manzapivo!

A questão da La Ronda #26 é a seguinte:
"Pues bien, en esta ronda, vamos a poner a trabajar nuestra imaginación para crear una receta totalmente audaz, que sea totalmente inédita (si están en capacidad de trasladarlo de sus mentes a un vaso, sería magnífico), algo que se salga de todo lo convencional y que los más grandes puristas queden escandalizados".


Propor uma receita para escandalizar os mais puristas, audaz, inédita, fora do convencional é uma tarefa muito difícil. Conforme incitou Manzapivo, mesmo colocando a imaginação a trabalhar, definitivamente não é uma tarefa fácil.

Como cervejeiro artesanal, inúmeras idéias já passaram ou passam pela cabeça, algumas com propósito e, sinceramente, outras sem nenhum.

Pensei em algo inusitado há algum tempo, como curiosidade, algo natural de quem está experimentando e experenciando novidades na arte de fazer cerveja: usar boldo no lugar do lúpulo para gerar o amargor.

O boldo (Plectranthus barbatus) é uma erva medicinal utilizada na cultura popular brasileira para problemas digestivos (quando se come algo que faz mal, a dica é tomar um chazinho de boldo). O boldo é muito comum nos quintais das residências, pelo menos aqui no estado de Santa Catarina, sul do Brasil. 

Dele elaboramos um chá (infusão) com as folhas da planta, que tem sabor amargo e muitas pessoas o consideram insuportável (há quem também goste e eu sou um deles).


Usar boldo em cerveja artesanal até pode ser considerado normal, pois os cervejeiros caseiros inventam novas receitas todos os dias com novos ingredientes, mas, creio, que utilizá-lo na elaboração das cervejas mais consumidas no Brasil, as "pilsen brasileiras", na verdade American Light Lager (BJCP 1A, 1B e 1C), seria sim, algo escandaloso, audaz, inédito e fora do convencional.

As "pilsen brasileiras" não possuem quase nenhum amargor, próprio do estilo e nenhum aroma de lúpulo. Creio que a minha sugestão seria uma alternativa à importação de lúpulo e, consequente, valorização do boldo nacional (que seria usado somente a conferência de amargor) e diminuição do preço final da cerveja aos consumidores.

Os mais puristas bebedores das "pilsen brasileiras" ficariam escandalizados em saber que a sua cerveja favorita, aquelas que aparecem na televisão, com propagandas apelativas,  utilizam "chá de boldo" na sua composição. 

Além disso, a cerveja teria caráter digestivo. Quem sabe não é um novo nicho de mercado? Imagine você comunicando à sua esposa que vai beber mais uma cerveja porque está com má digestão. Excelente!!
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domingo, 18 de julho de 2010

Cervejas escuras: elas são mesmo as rainhas do frio?

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Segue o link da postagem "Cervejas escuras: elas são mesmo as rainhas do frio?", elaborada pela revista Casa e Jardim da Editora Globo, texto de Dagmar Serpa e fotos de Ricardo Corrêa.
 
A postagem trata do consumo de cerveja preta, abordando a falta de conhecimento dos consumidores brasileiros em relação aos tipos de cerveja, informando ainda que a doce Malzbier (sinônimo de cerveja preta no Brasil) não é o único estilo de cerveja escura existente, como bem ilustram os dizeres abaixo:

" Ora elas são acusadas de doces demais, ora exatamente do oposto, amargas demais. Em outras vezes, as cervejas escuras são apontadas como muito fortes e, portanto, adequadas só para aquecer no inverno. Acontece que nenhuma das alternativas anteriores é 100% correta. Mas, no país em que loira é sinônimo de cerveja, fica até fácil entender por que nascem tantas generalizações: falta conhecimento de causa."

"Entretanto, se a maioria nunca foi além da loira gelada, como pode saber o que há no campo das morenas? A verdade é que há de tudo, não só exemplares da docinha Malzbier, a cerveja escura mais popular por aqui, ou a seca e encorpada Guinness, irlandesa que é uma das marcas mais famosas do planeta."

A postagem ainda faz um resumo sobre os tipos de cerveja (Lager, Ale e Lambic) e apresenta comentários sobre experts em cerveja no Brasil, dentre eles, o chef Edu Passareli e a sommelier Cilene Saorin.

Vale a pena conferir! Obrigado, Cris, pelo envio da matéria.
Fica registrada a sugestão de leitura.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Florianópolis 2011: VI Concurso Nacional de Cervejas Artesanais


Conforme anunciado no site da ACervA Catarinense, seguem os três estilos definidos para o VI Concurso Nacional de Cervejas Artesanais que se realizará em Florianópolis, Santa Catarina, em 2011, em data ainda a ser definida:
Os estilos seguiram os critérios do BJCP (Beer Judge Certification Program).
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