sábado, 28 de fevereiro de 2009

Gräbenwasser MalzBrot (Pão de Malte)


Quando li a postagem do Gräbenwasser MalzBrot no blog da Gräbenwasser, logo pensei: essa receita tem tudo a ver com o Pão e Cerveja. O pão de malte (em alemão, MalzBrot) em questão, utiliza o bagaço do malte utilizado na fabricação de cerveja como matéria-prima.

Desta forma, o malte que não possui mais utilizade para a fabricação da cerveje é reaproveitado, tornando-se matéria-prima nobre para a elaboração de pães.

Para quem não conhece, a Gräbenwasser é uma cervejaria artesanal da cidade de Joinville, Santa Catarina, Brasil, cujos mestres-cervejeiros, Ivan Guilherme Steinbach e Diogo Züge, também são exímios padeiros.


A Gräbenwasser sagrou-se campeã do II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn no final do ano passado, cujos participantes tinham que elaborar cervejas do estilo ROBUST PORTER.
As "Robust Porters são cervejas de coloração preta e tem um sabor de malte torrado, mas não de cevada torrada. Estas Porters têm um amargor claro de malte torrado sem ter um alto caráter de queimado. Robust Porters variam de corpo médio a bem encorpadas e tem um adocicado de malte. Amargor varia de médio a alto, com aroma e sabor de lúpulo variando de baixo a médio. Diacetil é aceitável em níveis bem baixos. Ésteres frutados devem estar presentes, equilibrados com as notas de malte torrado e o amargor proveniente do lúpulo" (Eisenbahn, 2008) .

Segue a receita do Gräbenwasser MalzBrot (Pão de Malte), para maiores informações, favor visitar a excelente postagem no blog da Gräbenwasser:

Gräbenwasser MalzBrot (Pão de Malte da Gräbenwasser)

Receita:
- 300 gramas de malte de cevada moído (bagaço);
- 800 gramas de farinha de trigo;
- 4 colheres (sopa) de mel;
- 1 sachê (ou 1 colher sopa rasa) de fermento biológico seco;
- 1 colher rasa (sopa) de sal;
- 350 ml de leite;
- 1 colher (sopa) de banha (ou margarina).
Modo de preparo e dicas:
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Calzone Integral 2/5

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

O calzone é um produto típico da região centro-sul italiana. Na Itália, também é denominado panzerotto ou panzarotto. O calzone pode ser frito ou assado. Aqui no brasil, até aonde conheço, os calzones são sempre assados. O calzone é originário da região da Apúlia (Puglia, em italiano) e elaborado com a mesma massa da pizza. Seu formato é o de uma pizza dobrada ao meio (formato de meia-lua) e com as bordas seladas, o que facilitam o consumo de forma manual.

REGIÃO DA APÚLIA - ITÁLIA

Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/ItalyPuglia.png

Dizem que o calzone originou-se do fechamento de uma pizza, com o intuito de facilitar o seu consumo. Dizem que tal idéia surgiu de um homem que gostava muito de jogar baralho e de comer pizza, porém não gostava de parar os seus jogos para comer. Logo, da necessidade, surgiu uma pizza fechada, própria para consumir com uma das mãos, já que na outra, o dito homem, segurava as suas cartas. Transcrevi este parágrafo baseado nos resquícios existentes na minha memória de um encarte do Minikalzone (rede de fast food, originária de Florianópolis e espalhada pelo Brasil), o qual li faz tempos.

Nos países de língua espanhola, existem a empanada. Produto similar ao calzone, porém de origem árabe, proveniente da época do domínio árabe na península ibérica na idade média. E agora? Quem veio primeiro: o calzone ou a empanada? Aceito sugestões...

Há tempos faço calzones em casa e sempre com a mesma receita. Tinha na dispensa, um pouco de farinha de trigo integral e tentei inovar substituindo 2/5 (duas xícaras de chá) da farinha de trigo da receita por farinha de trigo integral. Ficou muito bom, mas para os não fãs de produtos integrais, que podem achar a massa um pouco "amarga", sugiro utilizar somente 1/5 (uma xícara de chá).

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

Os recheios podem ser os mais diversos, dependendo somente do gosto do freguês. Aqui em casa nunca pode faltar o "quatro queijos" (requeijão, provolone, mussarela, parmesão e orégano). As quantidades que coloco de cada ingrediente são determinadas na hora e impiricamente, geralmente dividindo o volume do recheio igualmente entre o requeijão, a mussarela e o provolone. O parmesão e o orégano são colocados como complemento, algumas pitadas, só para dar um "gostinho". Também fiz recheio "calabresa" (mussarela, requeijão, calabresa, parmesão e orégano) e " brócolis" (mussarela, requeijão, brócolis e tomate, parmesão e orégano). No caso destes recheios, uso geralmente a mesma proporção, 1/3 para cada recheio que considero essencial e o restante como "complemento". Logo, nos três recheios, o dito complemento foram o parmesão e o orégano, da qual utilizei algumas pitadas em cada calzone.


Calzone Integral Dois Quintos


Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

A receita original é antiga e denomina-se Minicalzone, tenho-a impressa datada de 20/08/2002, cuja fonte era a Revista Água, apud Terra "http://portal.terra.com.br/culinaria/receita...", porém o link não é mais válido. Procurando pela internet, há receitas de calzone muito semelhantes a esta do Terra/Revista Água, porém não sei qual delas é realmente a mais antiga e quem é a fonte de quem. Este é um dos problemas da internet, a falta da fonte da informação, além da apropriação indevida de autorias.

Da receita original, modifiquei o modo de preparo, a quantidade de fermento, o tempo de crescimento da massa e não utilizei gema para pincelar, transformando-a na "minha receita" de calzone, a qual nesta postagem teve sua farinha de trigo parcialmente substituída por farinha de trigo integral na proporção de 2/5. Segue a receita de Calzone Intergral 2/5:

Massa:
- 3 xícaras de chá de farinha de trigo (Obs.: 1 xícara de chá = 240 ml);
- 2 xícaras de chá de farinha de trigo integral;
- 10 gramas (um envelope) de fermento biológico seco instantâneo;
- 1 colher de sopa de açúcar;
- 1 colher de sobremesa de sal (ou sal a gosto);
- 1 xícara de chá de leite morno;
- 1 ovo;
- 10 colheres de sopa de óleo de soja;
- Oléo de soja para untar a(s) forma(s);
- Água, se necessário, caso a massa fique muito dura.


Modo de preparo:
- Misturar numa vasilha: as farinhas, o fermento, o açúcar e o sal. Obs.: Não colocar o fermento em contato direto com o sal;
- Adicionar o leite e o ovo à mistura e incorporá-los;
- Por último, adicionar o óleo e incorporá-lo à mistura. Obs.: Caso a massa fique um pouco dura ou seca, acrescentar uma pequena quantidade de água e incorpore-a à mistura;
- Sovar a massa, até obter o desenvolvimento do glúten;
- Moldar a massa em forma de bola;
- Tampar a vasilha e deixar a massa crescer até dobrar de volume;
- Após o crescimento, cortar um pedaço e esticá-lo com a ajuda de um rolo sobre uma mesa; Obs.: O tamanho e a espessura da massa também ficam a gosto do freguês. Fiz os calzones com cerca de 18 cm de diâmetro e expessura de 3 mm;
- Com o auxílio de uma vasilha plástica ou de vidro circular, com o diâmetro escolhido, marcar o tamanho do "disco". Corte-o com uma faca ou com outro objeto cortante. Vá juntando as sobras do corte, para reaproveitá-las no final para elaborar outro(s) calzones;
- Dividir, mentalmente, o disco na horizontal (criando hemisférios norte e sul) e colocar o recheio sobre a metade superior (hemisfério norte), evitando deixá-lo sobre as bordas, pois dificultará o fechamento do calzone. Obs.: Quando colocado muita quantidade de recheio é difícil ou impossível fechar o calzone;
- Dobrar a metade inferior do disco (hemisfério sul) sem recheio sobre a metade com recheio, sobrepondo as bordas. No final deste processo, o calzone estará "de costas", ou seja, com a dobra do disco voltada para o padeiro;
- Fechamento do calzone, tipo "BELISCÃO". Com o dedos indicador e polegar (o indicador por baixo e o polegar por cima) juntar as duas bordas do disco sobrepostas na extremidade (ponta) do calzone à direita (como sou destro, para mim assim é mais fácil) e torcer, realizando um movimento de rotação dos dedos, de forma que o indicador fique por cima e o polegar por baixo, terminado por apertar firmemente as duas bordas sobre a massa. Executar diversas torções lado a lado, até a outra extremidade do calzone, fechando toda a sua abertura. Simplificando: é como se déssemos "beliscões", daqueles torcidos, nas duas bordas em toda a sua extensão, costurando a "boca" do calzone. O resultado do fechamento é uma borda com pequenas ondulações;
- Colocar o calzone fechado em forma previamente untada com óleo de soja;
- Utilizar toda a massa, elaborando diversos calzones, não se esquecendo de amassar as sobras dos cortes e reaproveitá-las para fazer outro(s) calzone(s);
- Assar em forno pré-aquecido, a 200 graus por aproximadamente 40 minutos ou até ficar dourado/cozido. Obs.: Devido à farinha de trigo integral, por ser escura, é mais difícil observar se os calzones estão dourados/cozidos.

O resultado foi muito interessante. O pessoal aqui de casa adorou. Lembro que pode ser utilizado menos farinha integral, o que garantirá uma massa mais branquinha e com menos amargor. Para quem gosta de produtos integrais, o produto está perfeito, é possível até aumentar a quantidade de farinha de trigo integral. Com esta massa elaborei 17 calzones com 18 cm de diâmetro.

Mais informações sobre calzone ou empanada, favor acessar os links abaixo:
- http://en.wikipedia.org/wiki/Calzone;
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Calzone;
- http://it.wikipedia.org/wiki/Panzerotto;
- http://es.wikipedia.org/wiki/Empanada;
- http://en.wikipedia.org/wiki/Empanada.