quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pão Sírio (Pita)

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com
Pita ou pão sírio, como é mais conhecido no Brasil, é um pão achatado feito com farinha de trigo. Este pão tem origem árabe e foi introduzido no Brasil no início do século passado por imigrantes sírio-libaneses. Daí o nome "abrasileirado": Pão Sírio.
Acredita-se que os primeiros pães a serem elaborados pelo homem assemelhavam-se ao pão sírio, pois tratavam-se de misturas de farinha de trigo e água, ainda sem o uso da fermentação, assadas sobre brasas ou pedras quentes, sem o uso formas, gerando um pão achatado. A figura abaixo ilustra os dizeres deste parágrafo.

Imagem: <http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Pita.jpg>

A forma do pão sírio é adequada à cultura alimentar árabe, que tem o costume de alimentar-se com as mãos. O pão acaba servindo como utensílio para levar à boca outros alimentos: carne, legumes...

Uma curiosidade: estes pães durante o cozimento inflam, resultado da gelatinização e formação da casca que impede a saída dos gases interiores, produzidos pelo fermento e do vapor de água da massa, resultando em miolos "ocos", perfeitos para serem recheados.

Imagem: <http://www.slashfood.com/media/2006/05/nics-pita-bread.JPG>

Imagem: <http://www.pbase.com/soleilmia/image/59816447.jpg>

Encontra-se pão sírio em todas as partes do mundo, resultado da imigração de povos árabes para diversos países. Vale lembrar que a palavra para busca na internet para outros idiomas é PITA. Falando em internet, há um vídeo ensinando a fazer o Pão Sírio (Pita Bread) no site About.com, cuja autora é Natasha Levitan.

Pão Sírio

A receita original é do Curso de Panificação do CEFET/SC.

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com


Ingredientes:

  • 6 e 1/4 xícaras de chá de farinha de trigo;
  • 1 envelope (10 gramas) de fermento biológico seco instantâneo;
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 colher de sopa de sal;
  • 5 ovos;
  • 25 ml de óleo de soja;
  • 150 ml de água.

Modo de preparo:

  • Misture todos os ingredientes secos (farinha, fermento, açúcar e sal), homogeneizando a mistura. Obs.: Não colocar o fermento em contato direto com o sal, pode-se desidratá-lo;
  • Incorpore à mistura, um a um, na seguinte seqüência os demais ingredientes, homogeneizando-os: água, ovos e óleo;
  • Sove a massa vigorosamente para a formação do glúten, até obter ponto de véu;
  • Molde uma bola e deixe-a fermentar numa vasilha fechada por uma hora ou até dobrar de volume;
  • Sove a massa por alguns instantes para retirar as bolhas de gás formadas na fermentação;
  • Molde a massa em forma de cilindro com aproximadamente 8 centímetros de diâmetro;
  • Recorte-o em fatias com 1 centímetro de espessura;
  • Polvilhe farinha de trigo sobre a mesa para a realização da modelagem;
  • Com as mãos ou com o auxílio de um rolo de massa, abra cada fatia, obtendo discos com aproximadamente 14 centímetros de diâmetro;
  • Polvilhe farinha de trigo sobre os discos;
  • Coloque-os em formas rasas para o cozimento;
  • Asse-os em forno pré-aquecido a 250 graus, por aproximadamente 8 minutos. Dica: Colocar uma pequena forma com água no fundo do forno, gerando uma atmosfera úmida, a qual favorecerá a crocância da casca e evitará a perda da umidade da massa.

Os pães sírios elaborados ficaram bons... bom formato, boa textura. A receita gerou 12 pães. Alguns pães não inflaram tanto e, conseqüentemente, os seus miolos não ficaram tão ocos, o que facilita na hora de recheá-los, mas nada tão sério que impedisse a sua degustação.
.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Workshop da ACervA na Cervejaria Schornstein em Pomerode

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com
No último sábado, 25 de outubro de 2008, os colaboradores do Pão e Cerveja participaram do Workshop "Produção Caseira de Cervejas Artesanais" em Pomerode - Santa Catarina, promovido pela ACervA Catarinense (Associação dos Cervejeiros Artesanias de Santa Catarina) e pela Cervejaria Schornstein.

O evento foi realizado nas dependências da charmosa cervejaria, aonde estiveram presentes mais de quarenta pessoas, de todos os lugares do nosso estado.


Interior da Cervejaria Schornstein
Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

A nossa viagem começou às 08:00 horas do dia 25, no largo da alfândega em Florianópolis, aonde fundadores da ACervA Catarinense, amigos e acompanhantes (17 pessoas ao todo) e mais o material de apoio do curso, embarcaram numa van com destino a Pomerode.
O eventou iniciou aproximadamente às 11:00 horas e estendeu-se até às 18:00 horas, com palestras dos mestre-cervejeiros Murilo Foltran, Raphael Tonera, Cláudio Zastrow (mestre-cervejeiro da Schornstein) e do cervejólogo Paulo Feijão.
O diferencial do workshop foi a produção de cerveja in loco, na frente dos participantes, protagonizada pelo mestre-cervejeiro Murilo Foltran, comprovando que qualquer um pode fazer cerveja. Mas fazer cerveja que preste é outra coisa, né, Murilo? Mas isso vem com o tempo, com a experiência, com o estudo...

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com


O workshop incluiu ainda a degustação dos 4 tipos de chopp produzidos pela Schornstein (Pilsen Natural, Pilsen Cristal, Bock e Pale Ale), almoço com sotaque alemão e visita na área de produção da cervejaria.
Interior da Cervejaria Schornstein

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Um dia inesquecível... o workshop foi excelente, o ambiente agradabilíssimo, o pessoal da ACervA e palestrantes super dispostos e acessíveis... quem não foi, perdeu!! Parabéns pela organização pessoal.
E tem mais, os participantes ainda puseram degustar as cervejas produzidas pelos cervejeiros da ACervA:

  • Tipo: Oktoberfest, produzida em parceria pela Cervejaria Sambaqui (Max e Felipe) e pela Cervejaria Opus (Marco Zimmermann e Murilo Foltran);
  • Tipo: Strong Golden Ale (Eduardo);
  • Tipo: Mild Ale (Gustavo);
  • Tipos: Weissbier, Belgian Dark Strong e Tripel (Raphael Tonera).

E acreditem, não vi ninguém cair...

E depois do workshop, como se não bastasse, o pessoal da van foi à Oktoberfest, a maior festa da cerveja do Brasil, em Blumenau, cidade vizinha, aonde existiam mais de quarenta tipos de cervejas para degustação, mais isso dá outra história.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Workshop "Produção Caseira de Cervejas Especiais"


A Associação dos Cervejeiros Artesanais de SC (ACervA Catarinense) promove no próximo sábado, dia 25 de outubro, nas dependências da Cervejaria Schornstein, em Pomerode, o Workshop "Produção Caseira de Cervejas Especiais".
O objetivo do evento é apresentar o processo de produção da cerveja caseira, através de uma "brassagem" no próprio local, por membros da ACervA Catarinense e complementando com palestras sobre cerveja.
O evento é destinado tanto aos cervejeiros caseiros que desejam debater sobre o processo quanto para todos aqueles que desejam aprender sobre o nobre líquido. O evento começa às 11hs. da manhã, se estendendo até o final da produção da cerveja, que deve ocorrer por volta das 18h.
O custo para participação é de R$50,00 para não associados da Acerva, R$30,00 para sócios da ACervA Catarinense e para as mulheres, com direito a:
- Almoço no restaurante da cervejaria;
- Rodada de degustação de chopes da Schornstein;
- Degustação de cervejas caseiras.
- Visita a área de produção da cervejaria.
*Chopes e petiscos consumidos no bar da cervejaria não estão inclusos.
As palestras serão as seguintes:
- Abertura: Marco Aurélio Zimmermann (Presidente da ACervA) e Murilo Foltran (cervejeiros da Opus - Cerveja Caseira do Campeche);
- Fabricação de Cerveja: Claudio Zastrow (Mestre Cervejeiro);
- Cervejas Caseiras: Raphael Tonera (Vencedor do III Concurso Nacional de Cervejas Caseiras na categoria "belga");
- O Mundo da Cerveja: Paulo Feijão (Cervejólogo e dono do blog "oBIERcevando").
As vagas são limitadas e só serão reservadas mediante depósito antecipado. Para reservas, enviar um email para acervasc@gmail.com ou ligue para (048) 84065422 com Marco.

domingo, 19 de outubro de 2008

Pão Integral

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

O consumo de cereais integrais é indicado para quem busca uma dieta mais saudável.

Os cereais integrais - como o próprio adjetivo "integrais" indica - são aqueles, cujos os grãos na sua totalidade, "integralidade", são utilizados na preparação dos alimentos. Ou seja, com casca e tudo! Logo, o consumo de farinhas integrais deve ser estimulado.

Para a fabricação de farinha de trigo "branca", "comum", o grão de trigo passa por um processo de "limpeza", aonde retira-se a casca (também conhecido como farelo) e o gérmen, sobrando somente o endosperma. Logo, a farinha de trigo é o processo da moagem do endosperma, que é rico em amido e algumas proteínas, inclusive as responsáveis pela formação do glúten (a gliadina e a glutenina). O glúten é uma rede protéica resultante da combinação espacial destas duas proteínas proteínas. A sova da massa é responsável por combinar mecanicamente a gliadina e a glutenina.
A farinha de trigo integral é fabricada a partir do grão integral, logo, além do endosperma, são também moídos a casca e o gérmen. A casca é fonte de fibra alimentar. O gérmem, fonte de proteínas, minerais e vitaminas E e do complexo B. A presença de casca (farelo) na farinha de trigo integral, dificulta a formação do glúten, pois atrapalha a combinação da gliadina e da glutenina.

A sugestão de hoje é a elaboração de um pão com farinha de trigo integral. Para o pão ficar mais "macio" e para melhor desenvolver o glúten da massa, foi utilizada uma mistura de farinha de trigo com farinha de trigo integral.

A receita original é do Curso de Panificação do CEFET/SC, a qual foi modificada nas proporções e no uso da manteiga no lugar da margarina.

Pão Integral
Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Ingredientes:

  • 3 e 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo;
  • 2 e 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo integral;
  • 1/3 xícara de chá açúcar refinado;
  • 10 gramas de fermento biológico seco instantâneo;
  • 1 colher de sopa de sal;
  • 1 e 1/3 xícara de chá de água;
  • 2 colheres de sopa de manteiga sem sal;
  • Óleo de soja para untar a forma.
Modo de preparo:
  • Numa vasilha, misture as farinhas de trigo, o fermento, o açúcar e o sal. Obs.: Evitar colocar o sal em contato direto com o fermento, pois pode desidratá-lo e matá-lo;
  • Adicionar a água e homogeneizar a mistura;
  • Retire a massa da vasilha e coloque-a sobre uma mesa;
  • Adicione a manteiga, homogeneizando a mistura;
  • Inicie a sova da massa, exercendo movimentos vigorosos até obter ponto de véu. O surgimento do véu significa o desenvolvimento do glúten. Para observar o véu: retire uma bolinha de massa e com a ajuda dos dedos indicadores, médios e polegares, modele um pequeno disco, e vá esticando-o delicadamente com movimentos circulares, até conseguir observar uma película branca semi-transparente (o véu). Caso esta película não rasgue, o glúten está bem desenvolvido. Nesta massa, a sova durou cerca de trinta minutos;
  • Após a sova, modele a massa em forma de bola e coloque-a numa vasilha tampada, deixando-a fermentar por aproximadamente uma hora ou até dobrar de volume;
  • Após fermentar, modele a massa suavemente para homegeneizá-la e retirar as bolhas de gases formadas na fermentação;
  • Modele os pães a seu gosto. Nesta receita, dividi a massa em quatro partes, das quais foram elabaorados quatro retângulos e modelados em forma de rocambole;
  • Colocar os pães em forma untada com óleo de soja. Separar os pães para evitar que se fundam no cozimento;
  • Assar em formo pré-aquecido a 230 graus por 45 minutos ou até os pães ficarem corados. Dica: Colocar uma pequena forma com água no fundo do forno, gerando uma atmosfera úmida, a qual favorecerá a crocância da casca e evitará a perda da umidade da massa.

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com


Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Os pães ficaram bons observando os seguintes aspectos: miolo, casca, cor, padronização e, principalmente, o sabor. Um aspecto que deixou a desejar foi a forma, os rocamboles não ficaram perfeitos, pois apareceram algumas "abas" nas extremidades, fruto da má modelagem... mas a galera aqui de casa nem reparou.