segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ciabatta


Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

A ciabatta é um pão típico italiano. O formato do pão deu origem ao seu nome. Ciabatta, em português, significa "chinelo", "pantufa"; em inglês, "slipper".

Não se sabe ao certo a origem da Ciabatta, pois diversas versões do pão são produzidas ao longo de toda Itália.

Este pão caracteriza-se por ter forma irregular, casca crocante e miolo esburacado. O azeite de oliva apesar de ser utilizado em algumas receitas, não é um ingrediente obrigatório.


Imagem: http://www.gennarino.org/forum/viewtopic.php?t=2493&highlight=ciabatta

Imagem: http://www.kucinare.it/user/ricetta.aspx?idricetta=187

Imagem: http://www.kucinare.it/user/ricetta.aspx?idricetta=73

A ciabatta geralmente utiliza uma biga (massa levedada previamente por muitas horas) na sua elaboração, o que garante maior fermentação e, conseqüentemente, maior formação de gases no interior do pão, responsáveis pelos grandes "buracos" do miolo.

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Ciabatta

O método de fabricação de pães que utiliza um estágio de fermentação antes da elaboração da massa propriamente dita, é denominado método indireto. São exemplos do método indireto: a esponja (em inglês, pollish) e a biga. O método direto é aquele cujo fermeto é adicionado diretamente à massa, logo, sem nenhum estágio prévio de fermentação.

A experiência em questão, foi elaborar uma ciabatta utilizando método direto. A receita original é do curso de Panificação do CEFET-SC, porém fiz as milhas alterações no modo de preparo.

Ciabatta (utilizando método direto)


Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com


Ingredientes:

  • 750 gramas de farinha de trigo;
  • 650 mililitros de água;
  • 10 gramas de fermento biológico seco instantâneo;
  • 20 gramas de sal;
  • 50 mililitros de azeite de oliva;
  • Farinha de trigo para a "modelagem".

Modo de Preparo:

  • Numa vasilha, misture a farinha, o fermento e o sal. O sal não deve entrar em contato direto com o fermento, pois pode desidratá-lo;
  • Adicione a água, homogeneizando a mistura;
  • Finalmente, adicione o azeite, obtendo uma massa mole;
  • Cubra a vasilha e deixe fermentar até dobrar de volume;
  • Divida a massa em pedaços retangulares e coloque-os sobre uma mesa enfarinhada com farinha de trigo;
  • Polvilhe farinha de trigo sobre os pedaços de massa;
  • Modele-os formando pães retangulares. Não é necessário "caprichar", pois a ciabatta é um pão irregular. Além disso, a massa é mole, o que dificulta uma modelagem caprichada;
  • Coloque os pedaços numa forma grande. Deixe espaço entre cada pedaço para evitar que se fundam no cozimento (os meus se fundiram);
  • Asse em forno à 180 graus por uma hora ou até dourar.

Os pães elaborados ficaram saborosos, com um gostinho peculiar de azeite de oliva, porém "meio" longe de ser uma ciabatta. O aspecto até que engana, porém o miolo em nada parece... não observa-se grandes "buracos". Será influência do método direto? Diante das inúmeras variáveis que influenciam a elaboração de um pão e da inexperiência do padeiro que lhes escreve, creio que estas respostas serão respondidas no futuro...

Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Mais detalhes sobre ciabatta, favor acessar os endereços abaixo:
<http://www.kucinare.it/user/ricetta.aspx?idricetta=73>
<http://www.gennarino.org/forum/viewtopic.php?t=2493&highlight=ciabatta>
<http://www.wisegeek.com/what-is-ciabatta-bread.htm>

domingo, 14 de setembro de 2008

Pão de Queijo com Provolone e Parmesão


Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

É sabido que tradicionalmente o pão de queijo é feito com queijo minas meia cura. Entretanto, a experiência de mudar o tipo de queijo do pão só pra ver no que dá, é uma experiência interessante. Desta vez, utilizei queijo provolone e queijo parmesão.
Quanto ao polvilho, utilizei o azedo. Os pães ficaram mais macios e mais densos... mais "massudos".
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Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Pão de Queijo com Provolone e Parmesão

Ingredientes:
  • 5 xícaras de chá de polvilho azedo (cerca de 500 gramas);
  • 1 xícara de chá de óleo de soja;
  • 1 xícara de chá de água;
  • 1 xícara de chá de leite;
  • 1 colher de sopa de sal;
  • 5 ovos;
  • 3 xícaras de chá de queijo provolone ralado (cerca de 300 gramas);
  • 1 pacote de 50 gramas de queijo parmesão ralado;
  • Óleo de soja para untar as mãos e forma(s);

Modo de preparo:

  • Coloque o polvilho numa vasilha e reserve;
  • Numa panela, mexa até ferver, o óleo, a água, o leite e o sal;
  • Despeje a mistura fervente ao polvilho, escaldando-o, misturando até homogeinizar a massa;
  • Incorpore à massa os ovos, um de cada vez;
  • Incorpore os queijos, homogeinizando todos os ingredientes;
  • Unte as mãos com óleo de soja e modele os pães em forma de bolinhas;
  • Coloque os pães na(s) forma(s) previamente untada(s) com óleo;
  • Asse em forno preaquecido a 180 graus por quarenta minutos, ou até ficar dourado.


Imagem: Dos autores do blog www.paoecerveja.blogspot.com

Os pães de queijo ficaram muito bons, com gosto de provolone é claro, porém nada muito acentuado. O sabor do polvilho acaba "neutralizando" o provolone.

As "pintinhas" mais escuras das fotos dos pães já assados são os pedaços do queijo provolone. Nos pães crus não é muito fácil observar os pedaços do queijo.
O aspecto do miolo também ficou interessante (esqueci-me de tirar fotos), pois ficou denso, compacto, dando uma sensação de saciedade ao saboreá-lo.
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cerveja não é só para encher a cara!


O perfil dos bebedores de cerveja no Brasil está mudando, não é à toa que as prateleiras nos supermercados cada vez mais oferecem mais marcas e tipos de cerveja.
Também não é à toa que o grupo Schincariol adquiriu algumas cervejarias artesanais, a Baden Baben, a Devassa e até a "nossa" Eisenbahn, aqui de Blumenau. Para mais detalhes, sugiro leitura da matéria "Eisenbahn é Schincariol".

A cerveja conhecida como a bebida popular para acompanhamentos do dia-a-dia (salgadinhos, petiscos, churrasco, tira-gostos e "etecéteras"), agora está ganhando um novo perfil, mais sofisticado, mais refinado... bem mais saboroso! Agora, cerveja não é só para encher a cara!
As fotos que ilustram esta postagem foram retiradas de uma matéria do site Terra, entitulada "Ritual de beber cerveja mudou", que fala sobre esta nova tendência, culminando na harmonização de pratos com ilustres cervejas. Juntamente com cada foto estão aqui também postados, os respectivos comentários feitos nesta matéria sobre harmonização:

Imagem: http://img.terra.com.br/i/2008/08/29/855041-6483-th.jpg

"Queijos salgados pedem cervejas com leve teor adocicado. Rótulos sugeridos: Schmiti ale e Schmiti barley wine".

Imagem: http://img.terra.com.br/i/2008/08/29/855028-9374-th.jpg

"Cervejas de trigo, pouco encorpadas e com amargor bem suave, casam perfeitamente com quiches de queijo e presunto, acompanhadas por salada. Rótulo sugerido: Hoegaarden".


"Para pizzas com bastante queijo, prove uma cerveja com sabor adocicado. Rótulo sugerido: Eisenbahn pale ale".

"Pratos leves, como as saladas, combinam com cervejas de sabor suave, de baixo amargor. Rótulo sugerido: Eisenbahn pilsen orgânica".

Imagem: http://img.terra.com.br/i/2008/08/29/855050-2073-th.jpg

"Cervejas escuras de aroma e sabor suave de café são ótimas combinações com doces, principalmente o chocolate. Rótulo sugerido: Colorado Demoiselle".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Raphael Tonera - Primeiro Lugar em Concurso Nacional de Cervejas Artesanais


O ilustre mestre cervejeiro e colaborador deste blog, o nosso amigo Raphael Tonera, teve o seu talento reconhecido. O Raphael foi premiado no III Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, realizado em Belo Horizonte - Minas Gerais, neste último sábado, em PRIMEIRO LUGAR, na categoria Belgian Strong Ale.

É bom enfatizar que nesta categoria estavam escritos cerca de 35 participantes.

No ano passado, o Rapha já havia sido premiado no II Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, realizado no Rio de Janeiro, em SEXTO LUGAR na categoria Stout, o que foi uma excelente surpresa, pois não fazia dois anos que o Rapha fazia cerveja.

Ele é um menino modesto. Faz excelentes cervejas, comparáveis com as melhores cervejas importadas. O Rapha, junto com outros companheiros cervejeiros, fundou no dia 17 de maio de 2008, a ACervA Catarinense (Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina), da qual é vice-presidente, para a difusão e valorização das cervejas artesanais no nosso querido Estado.

E dizer que toda esta linda trajetória começou com o nosso "Festival da Cerveja", na qual fazíamos, eu, o Rapha e outros amigos, a degustação às cegas de 10 marcas de cervejas diferentes. E quem disse que no começo alguém acertava alguma coisa... Tinha gente que chamava Kaiser de Bohemia. Lembra, Rapha?

E dizer que o Rapha dizia que só gostava de Bohemia e Skol e odiava a Nova Schin... Quem diria, Rapha??

É um grande prazer compartilhar das tuas alegrias e da tua amizade e saber que contribuí um pouquinho para o despertar do teu talento.

A vitória no Raphael foi destaque do colunista Cacau Menezes do jornal Diário Catarinense, na edicão de hoje, em nota entitulada "Levamos" : "O cervejeiro Raphael Calage Tonera, avaiano e manezinho da Agronômica, foi o vencedor do III Concurso Nacional de Cervejas Caseiras na categoria "cervejas de estilo belga", que foi realizado na cidade de Belo Horizonte no último dia 30 de agosto.Para quem não sabe, Florianópolis é, hoje, um dos pólos da cerveja caseira no Brasil".

Queria formalizar, Rapha, o PARABÉNS pelo prêmio e solicitar, encarecidamente, que marques presença no nosso blog com ilustres postagens. Um abraço, Jean Claudi.

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