segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Cervejas Amsterdam

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>


Degustei, ao longo de novembro e dezembro de 2008 (não sei precisar as datas), três cervejas holandesas Amsterdam, produzida pela Royal Grolsch Brewery, na cidade de Enschede, Holanda. Estas são cervejas do estilo "Malt liquor" (licor de malte), classificada pela BJCP como cervejas especiais (BJCP: 23. Specialty Beer).


Os três tipos que degustei foram:
  • Amsterdam Explorator, com 6,8 % de álcool;
  • Amsterdam Navigator , com 8,4 % de álcool;
  • Amsterdam Maximator, com 11,6 % de álcool.




A que mais me agradou foi a Explorator, por parecer uma cerveja pilsen "brasileira": cor dourada, espuma com boa durabilidade.


Imagem: <http://hummcerveja.blogspot.com/2008/04/amsterdam-navigator.html>

Na Navigator, apesar desta possuir bastante sabor de álcool e açúcar, é possivel sentir algum sabor de malte. Não a achei saborosa. Na verdade, achei-a ruim: muito alcóol e açúcar: cor dourada, com boa espuma.

Imagem: <http://hummcerveja.blogspot.com/2008/07/amsterdam-maximator.html>

A Maximator tem ainda mais sabor de álcool e açúcar, não dá pra sentir outro sabor: cor âmbar com boa espuma. Não consegui terminar com os 500 ml da latinha. Cometei com alguns colegas, que a Maximator parecia Martini Rosso, só que com muito mais álcool...

As latinhas são bem bonitas, charmosas, são douradas nas extremidades... as cervejas com boa espuma, mas o sabor é que não me agrada... Descobri que não sou fã do estilo!!

Estava com dúvida em publicar ou não esta postagem, pois é um pouco chato fazer comentários desagradáveis, ainda mais quando o assunto é cerveja.
Entretanto, antes do Natal, estava num supermercado da grande Florianópolis, namorando as cervejas no estande, quanto percebi ao meu lado, um freguês com duas Navigator (8,4 %) no colo. Ele ainda revirava as cervejas Navigator da prateleira, buscando ver algo escondido... Primeiro pensei que ele estava de olho na validade dos produtos e que buscava as com maior validade...


Eu me contive para não dizer a minha opinião sobre a Navigator... Para quem me conhece, sabe que é difícil não falar o que penso no mesmo instante. Porém, com muito esforço (muito esforço mesmo), nada falei.

De repente, o freguês, creio que meio encabulado por estar revirando a prateleira (ele já havia manipulado todas as Amsterdam da prateleira), comenta que aquela era uma das melhores cervejas que ele já havia tomado e que estava em busca da melhor Amsterdam que conhecia(adivinhem qual?) , a Maximator.

Levei um susto e fiquei aliviado. Lhe disse, então, que estava me segurando para não comentar a minha experiência frustada com as Amsterdam, pois não havia gostado dos produtos.


Ficamos conversando e ele em nada concordou com as minhas opiniões. Terminamos a conversa com duas certezas:
  • Gosto é gosto, é algo particular e não se discute;
  • A opinião alheia pode ser uma barreira a novas experiências, ceifando previamente qualquer possibilidade de experimentação.
Escrevendo sobre esta postagem, pesquisei no google algo sobre cervejas Amsterdam. Encontrei a opinião do blog Hummcerveja sobre a Maximator, que não é nada diferente da minha, e sobre a Navigator e sobre a Explorator. Também encontrei a opinião do blog Doctor Beer, que é mais sutil e a classifica a Maximator como enjoativa.

Mais detalhes sobre esta postagem, favor consultar os links abaixo:
Bem, viva a diferença!! Experimentem as Amsterdam e tirem as suas próprias conclusões... Comentário são e serão bem-vindos.
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sábado, 27 de dezembro de 2008

Pão de Queijo com Queijo Prato e Parmesão

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

A receita é a mesma da postagem Pão de Queijo com Provolone e Parmesão, com exceção do queijo provolone que foi substituído pelo queijo prato.

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>
O resultado: um pão de queijo bem saboroso. Estou começando a acreditar que utilizando qualquer queijo, desde que percebasse o seu sabor no produto final, é possível elaborar bons pães de queijo.
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Pão de Queijo com Queijo Prato e Parmesão

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

Ingredientes:
- 5 xícaras de chá de polvilho azedo (cerca de 500 gramas);
- 1 xícara de chá de óleo de soja;
- 1 xícara de chá de água;
- 1 xícara de chá de leite;
- 1 colher de sopa de sal;
- 5 ovos;
- 3 xícaras de chá de queijo prato ralado (cerca de 300 gramas);
- 1 pacote de 50 gramas de queijo parmesão ralado;
- Óleo de soja para untar as mãos e forma(s);

Modo de preparo:
- Coloque o polvilho numa vasilha e reserve;
- Numa panela, mexa até ferver, o óleo, a água, o leite e o sal;
- Despeje a mistura fervente ao polvilho, escaldando-o, misturando até homogeinizar a massa;
- Incorpore à massa os ovos, um de cada vez;
- Incorpore os queijos, homogeinizando todos os ingredientes;
- Unte as mãos com óleo de soja e modele os pães em forma de bolinhas;
- Coloque os pães na(s) forma(s) previamente untada(s) com óleo;
- Asse em forno preaquecido a 180 graus por quarenta minutos, ou até ficar dourado.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Bolacha


Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>


Ganhei de presente do meu ilustre amigo, Raphael Tonera, uma Bolacha, cuja foto ilustra o início desta postagem. Obrigado pelo grandioso presente, Rapha!!

A Bolacha foi trazida da cidade de Alegrete, estado do Rio Grande do Sul, por parentes do Raphael.

Imagem: Google Earth



Em agosto, fiz a postagem Bolacha (Galleta) , na qual mostrei um produto panificável que havia ganho do Léo, proveniente da cidade de Santana do Livramento, também do estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O interessante é que Livramento, emancipou-se de Alegrete em 1857, segundo o site Raízes do Sul. E, segundo Google Maps, somente 177 quilômetros separam as duas cidades gaúchas (conferir no mapa acima).

Apesar dos dois produtos terem a mesma denominação, eles não possuem a mesma forma. O sabor é parecido: gosto pão de trigo torrado.

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

A Bolacha desta postagem é formada por três retângulos sobrepostos que sofreram uma dobradura de dois, resultando em três retângulos dobrados ao meio. Entretanto, se observarmos bem a foto, veremos que cada um destes retângulos é elaborado com um tipo de massa folhada, o que confere um aspecto peculiar ao produto.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Grissini com Parmesão

Fonte: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

O Grissini (Grissino em italiano e breadstick em inglês) é um pão típico da região de Piemonte na Itália.
Piemonte é localizada no noroeste italiano e é subdivida em 8 províncias. A cidade de Turim é capital da região de Piemonte e também da província de Turim (Torino em italiano) (Wikipedia, 2008a).
REGIÕES DA ITÁLIA (REGIÃO DE PIEMONTE EM DESTAQUE)

PROVÍNCIAS DA REGIÃO DE PIEMONTE Fonte: http://it.wikipedia.org/wiki/File:Piedmont_Provinces.png
O nome grissini vem de "grissia" ou "gherssa" (do dialeto piemontês), um pão típico alongado e estreito, parecido com as baguetes francesas (Prodottitipici.com).

Existe dois tipos de grissini: o Rubatà e o Stirato.


O Grissini Rubatà

O Grissini Rubatà é um grissini elaborado esticando-se uma tira de massa sobre a mesa, utilizando-se a palma da mão para comprimí-la, obtendo um cilindro de diâmetro pequeno. Rubatà, no dialeto piemontês, deriva de "Robat", um equipamento agrícola que possuía um cilindro de madeira utilizado para comprimir a terra.

Este Grissini é típico das cidade de Chiere e Andezeno, ambas da província de Turim, e da cidade de Monregalese, da província de Cuneo, e caracteriza-se por ser feito manualmente com cerca de 40 centímetros de comprimento (Prodottitipici.com; Wikipedia). O Grissini Rubatà de Chieri faz parte da lista de produtos alimentares tradicionais italianos do Ministério da Agricultura, Alimentação e Florestas da Itália e é mais antigo que o Grissini Stirato (Wikipedia).

O Rubatà tem sabor de pão, cor pálida-dourada e tem numerosas marcas de dedos, fruto do processo manual de fabricação (Regione Piemonte).


O Grissini Stirato


O Grissini Stirato, como o nome diz (em português, ESTIRADO), é um grissini fabricado puxando-se a massa, que é muito elástica e maleável, com as mãos, utilizando o movimento de abrir os braços, ESTIRANDO ou ESTICANDO a massa. Estes grissinis geralmente tem aproximadamente uma braça de comprimento, cerca de 1,5 metro. O Grissini Stirato é típico do Vale do rio Lanzo, da cidade de Turim, da região de Canavese, e da cidade de Pinerolese, todos na província de Turim (Prodottitipici.com).

Este Grissinio tem cor dourada, delicioso aroma e sabor delicado. É extremamente frágil, muito crocante e possui buracos internos (Regione Piemonte, 2008).


PROVÍNCIA DE TURIM


A história do Grissini
O nascimento do grissini deve-se a prescrição médica de Baldo Pecchio ao duque de Sabóia, Vittorio Amedeo II, que quando criança sofria de intoxicação alimentar. Baldo Pecchio solicitou ao mestre padeiro da Corte, Antonio Brunero, que produzisse um pão fino, muito bem cozido (cozido duas vezes), para a eliminação dos microrganismos existentes na massa. A inspiração de Baldo Pecchio foram os "pequenos güersas" ou "ghersinis" que sua mãe elaborava quando ele era também criança e sofria de problemas intestinais semelhantes. Vittorio Amedeo foi curado com o consumo de grissinis, tornando-se o primeiro rei de Sabóia em 1713 (Comune di Torino; Associazione Panificatori di Turino; Eko).


Outras curiosidades:
- O grissini também era apreciado por Napoleão Bonaparte que o denominava "Le petit baton de Turin" (Comune di Torino; Associazione Panificatori di Turino; Eko), cuja tradução é "o pequeno bastão de Turin";
- Receitas de Grissini com azeite, com gergelim, com parmesão, disponíveis em : http://www.bio-eko.it/ita/ricette.html;
- Vídeo "Lavorazione Artigianale - Specialty " em italiano, mostrando a produção de Grissini Stirato à mão na Panetteria Demartini Mauro, de Turim.


Grissini com Parmesão
Fonte: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>
A receita original é do Curso de Panificação do CEFET/SC, porém com proporções alteradas.
Ingredientes:
  • 6 e 1/4 xícaras de chá de farinha de trigo;
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 envelope de fermento biológico seco instantâneo;
  • 1 colher de sopa de sal;
  • 2 xícaras de água morna.
  • 5 colheres de sopa de azeite de oliva;
  • Queijo parmesão ralado para polvilhar.
Modo de preparo:
  • Misture a farinha, o açúcar, o fermento e o sal. Obs.: Não colocar o sal em contato direto com o fermento;
  • Incorpore a água;
  • Acrescente o azeite e homogenize a massa;
  • Sove a massa, até obter o ponto de véu (garantia do desenvolvimento do glúten);
  • Deixe a massa descansar até dobrar de volume;
  • Corte pedaços da massa e estique-os utilizando as palmas das mão, elaborando rolinhos (cilindros) com aproximadamente 40 centímetros de comprimento e 1 centímetro de diâmetro;
  • Polvilhe o queijo parmesão ralado, observando para que a aderência seja homogênea ao longo de todo o grissini;
  • Pode-se enrolar os grissinis para obter um aspecto espiral (eu fiz o "enrolamento");
  • Disponha-os em assadeira;
  • Asse-os a 280 graus por aproximadamente 15 minutos. É necessário virá-los durante o cozimento para homogeneizar a aparência.
O resultado foi muito bom. Os grissinis ficaram crocantes, saboros e com gosto de pão francês. Os grissinis que elaborei utilizaram técnica semelhante à do Rubatà. Agora se o gosto é igual, sinceramente, não sei.