sábado, 31 de janeiro de 2009

Cerveja Licher Weizen - Presentes de Natal - Parte 1

Imagem: Dos autores do blog <http://www.paoecerveja.blogspot.com/>


Ganhei, coincidentemente, de presente de Natal, dois conjuntos de cerveja Licher Weizen. Como o prório nome da cerveja informa, trata-se de cerveja de trigo (weizen é "trigo" em alemão). E no rótulo ainda está escrito em inglês: "wheat beer", ou seja, cerveja de trigo. A imagem da espiga de trigo no rótulo também já diz tudo, né?


Imagem: Dos autores do blog <http://www.paoecerveja.blogspot.com/>

O conjunto composto de duas cerveja Licher de 500 ml, dois copos de 500 ml e duas bolachas, ganhei da Michelle.
O outro conjunto, composto de uma cerveja Licher de 500 ml, um copo Licher, ganhei do Nezi.

Prezados amigos, agradeço pelos GRANDIOSÍSSIMOS presentes!!

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A Licher Weizen é fabricada pela Cervejaria Licher, na cidade de Lich na Alemanha. Licher significa "de Lich", "natural de Lich", ou seja, traduzindo para o popular "Lichersense" ou seria outro adjetivo? As cervejas Licher são importadas pela importadora Stuttgart, sediada na cidade de Blumenau, Santa Catarina.

Imagem: Dos autores do blog <http://www.paoecerveja.blogspot.com/>

A Licher Weizen obedece a lei de pureza alemã de 1516 ("Deutsches Reinheitsgebot") e possui teor alccólico de 5,4%. Segundo os critérios da BJCP, a Licher Weizen é considerada uma Weizen/Weissbier (BJCP 15A). É uma cerveja não filtrada ("Hefe"), ou seja, o fermento está dentro da garrafa, o que caracteriza turbibez na cerveja quando colocada no copo.

As impressões sobre a degustação serão assuntos de uma nova e futura postagem.

Maiores informações sobre a Licher Weizen: Cervejaria Licher; Cerveja Licher Weizen.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Pão de Queijo com e sem Presunto Defumado


Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>
Quem não gosta de pão de queijo? Com certeza deve haver alguém que não goste, mas não é o caso do pessoal aqui de casa.
O título desta portagem refere-se a dois tipos de pães de queijo que elaborei com a mesma massa: um com e ou outro sem o ingrediente "presunto defumado". A imagem acima mostra o pão de queijo sem o presunto e a imagem abaixo com o referido ingrediente.

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>


A receita original, "pão de queijo com calabresa", é da revista Receitas & Delícias, (Pão de Queijo. Receitas & Delícias. Alto Astral: São Paulo, 2008. Ano 9, n. 71), minha companheira na elaboração de pães de queijo. Entretanto, pelo sabor da experiência ou pela falta de ingredientes, geralmente as receitas originais são alteradas. Segue a receita elaborada:

Pão de queijo com e sem presunto defumado

Ingredientes:
- 500 gramas de polvilho doce;
- 1/2 xícara de chá de óleo de soja;
- 1/2 xícara de chá de óleo de água;
- 1/2 xícara de chá de óleo de leite;
- 1 colher de sopa de sal;
- 2 ovos;
- 300 gramas de ricota ralada;
- 1 pacote de 50 gramas de queijo parmesão ralado;
- 200 gramas de presunto defumado cortado em cubinhos (esta proporção para 2/3 da massa, visto que com o 1/3 restante elaborei pães sem o presunto);
- Óleo de soja para untar levemente as mãos e forma(s);

Modo de preparo:
- Coloque o polvilho numa vasilha e reserve;
- Numa panela, mexa até ferver, o óleo, a água, o leite e o sal;
- Despeje a mistura fervente sobre o polvilho, escaldando-o, misturando até homogeinizar a massa;
- Incorpore à massa os ovos;
- Incorpore a ricota e o parmesão (até aqui a receita é a mesma para ambos os pães);
- Incorpore o presunto defumado (relembrando: usei 2/3 da massa para elaborar os pães com presunto);
- Unte as mãos com óleo de soja e modele os pães em forma de bolinhas;
- Coloque os pães na(s) forma(s) previamente untada(s) com óleo;
- Asse em forno preaquecido a 180 graus por quarenta minutos, ou até ficar dourado.

Observações:
- A massa é bem firme, não é necessário quase nehum óleo para modelar as bolinhas;
- É possível fazer "palitinhos" com esta massa, devido a sua consistência... mas isso dá outra história;
- O presunto foi "expulso" de dentro dos pãezinhos... muito interessante... alguns pedaços de presunto foram expelidos pelos pães... não sei explicar o fenômeno;
- Aviso: Os pães ficaram com muito sabor de "presunto defumado", o que acaba mascarando o sabor do pão de queijo. Sugiro, quem sabe, diminuir a quantidade do ingrediente para 100 gramas, para obter um pão com sabor mais suave... para que gosta de defumados, o pãozinho é um prato cheio. A dica é saboreá-lo com uma cerveja do tipo Rauchbier (cerveja defumada);
- Fiz os pãezinhos sem o presunto defumado, pois tem gente pequena aqui em casa que não gosta e também queria ver o resultado sem o ingrediente.

Os pães ficaram muito saborosos. A massa consistente, com pouca gordura (óleo e ovos) se comparada às outras receitas que estão postadas aqui no Pão e Cerveja, originou um pão firme,"massudo", resumindo, excelente.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Panetone

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

O panetone é um produto panificável típico do Natal. Tem como características: forma cilíndrica com uma abóboda na parte superior; ingredientes: uvas passas, frutas cristalizadas e essência típica (baunilha e frutas cítricas). O panetone geralmente é elaborado com fermentação natural, ou seja, fermentação provocada por fungos e/ou bactérias que existem naturalmente na farinha de trigo, não adicionando fermento "pronto". Uma variação do panetone é o chocotone, aonde substitui-se as frutas e as passas por gotas de chocolate (conforme a imagem abaixo).

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

O panetone (em italiano, panettone) é originário de Milão na Itália. Milão é uma cidade, capital da província de Milão, na Região da Lombardia, norte da Itália.

Região da Lombardia e suas províncias: Milão (Milan) em verde escuro

Na Itália, a denominação "panettone" é definida pelo Decreto do "Ministero delle Attività Produttive" 22 luglio 2005.

Não se sabe ao certo, quem elaborou o primeiro panetone, mas há diversas lendas que tentam explicar o ocorrido:

1) O amor escondido de Ugo e Adalgisa
Uma lenda conta que a origem do panetone foi o amor, às escondidas, dos jovens Ughetto degli Antellari e Adalgisa. Ughetto, ou simplesmente Ugo, era tratador de falcões da corte de Ludovico Sforza (*1452;+ 1508), o Mouro, e apaixonou-se pela filha do padeiro, que se chamava Toni. A família de Ugo era contra o romance, pois a família da moça não tinha posses. O trabalho de Adalgisa na padaria aumentava devido à doença de seu pai e os negócios da família não iam bem. Não querendo ver a sua amada sofrer, Ugo conseguiu ser contratado como aprendiz na padaria. Porém, mesmo com o seu esforço, não conseguia melhorar os lucros. Ugo então resolveu roubar e vender alguns falcões de Ludovico, com o intuito de comprar manteiga para elaborar os pães. Com a nova receita, os clientes retornaram à padaria. O novo pão da padaria do Toni foi um sucesso. Dizem ainda, que na época do natal, Ugo acrescentou uvas passas e outras frutas secas à receita original, características do pão que conhecemos atualmente. O termo panetone deriva de "pão do Toni". Os negócios de Toni prosperaram, fazendo-o enriquecer. Desta forma, a família de Ugo não se opôs à união dos dois e, desta forma, Ugo e Adalgisa puderam ser felizes para sempre.

2) Sobremesa surpresa
Esta lenda também está relacionada com a corte de Ludovico Sforza, o Mouro. Diz a lenda que num banquete de Natal, após serem servidos todos os pratos aos convidados na corte, todos esperavam pela sobremesa: um bolo preparado pelo próprio chefe, receita passada de pai para filho, e que era apreciada por Ludovico. Entretanto, diante do árduo trabalho na cozinha, o precioso bolo foi esquecido no forno e acabou queimado. Desesperado, diante da repercusão que isso causaria e do temor por ter cometido a falha, o chefe começou a chorar. Toni, um humilde lavador de pratos, aproximou-se do chefe e disse que havia guardado para si um pouco da massa do bolo queimado, a qual tinha sido autorizado a acrescentar um pouco de passas, frutas, ovos e açúcar, a qual pretendia assar após o trabalho para ter algo para jantar. Perguntou se o chefe, desejaria oferecer o pão aos convidados do banquete. Desesperado e tomado por um impulso, o chefe colocou o pão no forno. Apesar da aparência simples e sem nada a perder, o chefe serviu-o aos convidados. O pão do Toni foi um sucesso, tanto que o chefe teve que repetir a receita nos banquetes de Natais dos anos seguintes e, consequentemente, essa prática passou a fazer parte do costume do povo.
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3) A irmã Ughetta, a cozinheira do convento
Outra lenda conta que o panetone foi elaborado pela irmã Ughetta, a cozinheira de um pobre convento de Milão, que juntou os poucos ingredientes que possuia, elaborando uma mistura de açúcar, ovos e uvas passas, para dar um Natal mais feliz às suas irmãs. O sucesso da receita logo espalhou-se pela cidade. As pessoas começaram a fazer doações ao convento para levar um pouco do pão para as suas casas.

4) O pão grande
O historiador Ludovico Antonio Muratori (*1672; +1750) diz que a origem do panetone é um pão grande ("pane grande"). Pão preparado na época do Natal e consumido num ritual, o qual consistia na reunião familiar em torno do fogo. Bebia-se vinho e pão era cortado em forma de cruz e também consumido por todos. Parte do pão era guardada para ser consumida no próximo Natal, caso o pão estraguasse significaria que o ano não seria bom. Este pão era chamado de "pan del ton", que significava "pão de luxo".

Além das padarias, os panetones também são fabricados por indústrias alimentícias na época do Natal. A reportagem "Do fermento à embalagem, panetone leva até 2 dias para ficar pronto; saiba como é feito" de Ludmilla Balduino, apresenta passo a passo a fabricação industrial do panetone e possui diversas fotos do processo: com certeza merece ser visitada pelos fãs mais interessador ou curiosos do pãozinho .

Panetone

Imagem: Dos autores do blog <www.paoecerveja.blogspot.com>

A receita utilizada foi retirada do site da Fleischmann, com as seguintes modificações nos ingredientes:
-20 gramas do instantâneo seco (2 envelopes) ao invés de 60 gramas de fermento biológico fresco;
- 200 gramas de banha de porco ao invés de 200 gramas de manteiga sem sal;
- 100 gramas, e não 250, de frutas cristalizadas e 100 gramas de uvas passas e não 150: a intenção foi dividar a massa e produzir chocotone;
- 200 gramas de gotas de chocolate;
- inseri um colher de sopa de essência de panetone.

Ingredientes:
- 6 e 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo;
- 2 envelopes de fermento biológico instantâneo seco;
- 1 e 1/2 xícara de chá de açúcar;
- 1/2 xícara de chá de leite morno;
- 200 gramas de banha de porco;
- 1 colher de café de sal;
- 4 ovos;
- 1 xícara de chá de água morna;
- 200 gramas de uvas passas;
- 200 gramas de frutas cristalizadas;
- 1 colher de sopa de essência de panetone.

Modo de preparo:
- Bater na batedeira o açúcar, os ovos e a banha, obtendo um creme. Reserve-o;
- Numa vasilha misturar o fermento, a farinha de trigo e o sal. Obs.: Não colocar em contato direto o sal e o fermento;
- Acrescentar à mistura: o creme, a água, o leite e a essência;
- Misture até incorporar todos os ingredientes. A massa é mole e pegajosa. Obs.: como pretendia fazer panetone e chocotone, dividi neste momento a massa em duas partes: uma para incorporar as frutas e as passas e a outra para incorporar as gotas de chocolate;
- Misture as frutas cristalizadas e as passas (ou as gotas de chocolate) e misture para incorporação das frutas (ou as gotas) à massa;
- Dividir a massa e colocar em formas de papel especiais para panetone. Obs: Na minha experiência, a massa não atingiu a metade da forma, porém mais de 1/3 desta;
- Deixar crescer por 4 horas, até as massas chegarem próximas às bordas das formas;
- Assar em forno a 200 graus por aproximadamente 40 minutos ou até dourar.

Observações:
- Fiz com esta receita 2 panetones em formas de 500 gramas e quatro em formas de 250 gramas (metade panetone e metade chocotone);
- Os panetones com frutas não cresceram muito no forno, ficando com quase o mesmo tamanho de antes do cozimento e não ficando com o formato de abóbada. Creio que se deva colocar mais massa em cada forma para garantir a abóbada;
- Os panetones com as gotas de chocolate demoraram mais a crescer e cresceram menos do que os com as frutas, faltando quase um terço para chegar na borda das formas, porém cresceram mais durante o cozimento e acabaram ficando com tamanhos parecidos.

O resultado é excelente, porém não dá para comparar com a textura dos panetones industrializados que usam aditivos à massa, além de usar fermentação natural. Comemos alguns aqui em casa e distribuimos a maioria... Já repeti a receita mais duas vezes, alterando algumas "coisinhas", mas o resultado sempre foi muito bom... mas isso dá outra história.

Seguem os links para os sites que ajudaram substancialmente na elaboração desta postagem:
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