Olá a todos. Depois de longas maturações e brigas com meu beergun, poderei falar sobre o resultado da(s) bock(s) (conforme eu havia prometido).
Aquela bock da postagem, a qual usei pela primeira vez a decocção, ficou realmente de acordo com as características que eu queria. A cor estava OK (fiquei com medo que estivesse ficado clara demais), o sabor e aroma também ficaram conforme o planejado.
O problema ficou por conta de um aroma frutado, de maçã verde. Poxa vida, tudo que eu não queria era um "frutado metido" em minhas lagers. Esse aroma vem de uma "fermentação fraca" e se chama acetaldeído.
Superado o trauma, fiz minha segunda bock com algumas pequenas alterações nas quantidades de malte (aumentei o malte melanoidina) e mantive o resto do processo.
Também tirei uma foto com a parcela de mosto normal e a parcela que foi feita a decocção.
Com todo o empenho que tive em fazer uma bock de meu agrado, posso dizer que o resultado valeu a pena, pois ficou dentro do eu esperava. Bom corpo/sabor de malte (e muitas melanoidinas hehe), um aroma espetacular e álcool na medida - 6,1% v/v.
Acabei fazendo a terceira versão desta bock que vai para o IV Concurso Nacional de Cervejeiros Artesanais - promovido este ano pela Acerva Carioca - com uma pequena alteração no amargor.
Fiz esta alteração depois que degustei 4 cervejas bock que estava em minhas mãos:
- Tonera Bock versão 2.11 (tampa com adesivo vermelho)
- Tonera Bock versão 2.5 (tampa com adesivo rocho/roxo)
- Panarotto/Alysson/Luciano Bock (tampa Cerveja Artesanal)
- Kaiser Bock
A minha versão 2.11 estava com o tal do acetaldeído, mas de resto estava boa.
A minha versão 2.5 (tô chique com este negócio de versão) ficou dentro do que eu descrevi acima -> Do jeito que eu queria!
A Kaiser Bock se comportou bem, sendo fiel ao estilo. É uma ótima opção para quem quer beber uma cerveja de boa qualidade e preço barato.
A Panarotto/Alysson/Luciano Bock foi a mais potente. De acordo com eles, ela têm 6,5% v/v de álcool, mas bem equilibrada e dentro do estilo. Só para deixar registrado, eles também fizeram a decocção. E da-lhe pessoal viciado hein!
Com esta análise resolvi fazer uma pequenina alteração: aumentei um tiquinho o lúpulo de amargor para trazer um melhor equilíbrio para a cerveja.
Aí pirei. Fiz a versão 2.51a e 2.51b, com dois tipos de fermentos lager.
O resultado? Só perto do concurso, quando ficarem prontas...
E vocês acham que eu parei com esse negócio de bock? Esperem para ver!!!
PS: De acordo com nosso confrade Panarotto, fiz a correção no sobrenome dele que é com dois t´s e não com dois n´s. Outra correção foi a da graduação alcoólica da Barnabé Bock que é de aproximadamente 6,5% v/v e não 7,5% v/v como eu havia informado (mas parecia ter os 7,5%). Para maiores informações sobre a Barnabé Bock acessem http://srpivo.blogspot.com
Obrigado Ricardo!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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8 comentários:
Coisa linda Raphael !!
Sucesso no concurso nacional!
E um viva a tripla decocção!
E vamos fazendo DECOCÇÃO!!!!
Sucesso à Traíra também. Abraços.
Raphael Tonera
Prezado Raphael,
Coisa linda essa bock, caro amigo... Parabéns pela persistência e determinação... que venham as novas versões ainda mais saborosas e fiéis ao estilo.
Um abraço,
Jean Claudi.
Será que ficará muito diferente fazer o pudim de pão de queijo com polvilho doce?
Prezada Ela,
Podes fazer o pão de queijo com o polvilho doce, sem problemas... o aspecto fica um pouco diferente. Com o polvilho, geralmente, ele cresce mais e fica mais "liso"... mas nada que vá alterar o resultado final de forma exagerada... Experimente e me conte...
Um abraço,
Jean Claudi.
Oi Jean!
Fiz o pudim. Posto a respeito no meu blog hoje ainda.
Obrigada pela receita.
Ela
Prezada Ela,
Vi a postagem no seu blog e está excelente. Obrigado pela referência e por prestigiar o Pão e Cerveja.
Um abraço,
Jean Claudi.
Seria legal e de muita utilidade se você também pudesse compartilhar a receita e não apenas a sua experiência com a brassagem/fermentação/maturação.
Já pensou que pode ter pessoas interessadas em reproduzir uma receita sua?
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